Muitas vezes, quem ama e cuida de um animal ouve essa frase: “Pai de pet não é pai de verdade.” Mas será mesmo?
Vamos começar pela base: o dicionário.
Pai é definido como “quem gera ou adota um filho” ou “quem cuida, protege e é responsável por alguém.”
Mãe é “quem gera ou adota” ou “quem acolhe, ama e demonstra cuidado materno por outro ser.”
Ou seja, a parentalidade não se resume ao laço biológico. Ela também é construída no afeto, na rotina e na responsabilidade. E isso, pais e mães de pets conhecem bem.
Cuidar de um pet envolve alimentação, higiene, acompanhamento veterinário, acolhimento emocional, atenção constante. E, principalmente, um amor genuíno.
Estudos científicos mostram que a interação com animais aumenta os níveis de oxitocina — o “hormônio do amor” — tanto nos tutores quanto nos pets. Também há redução do cortisol, hormônio do estresse, fortalecendo o vínculo e a saúde emocional de ambos.
Mas existe algo ainda mais delicado nessa relação: o ciclo da vida.
Diferente da lógica humana, onde os filhos enterram os pais, pais de pet vivem o inverso. Eles criam, cuidam, amam — e um dia, com o coração apertado, se despedem. Isso exige um amor resiliente, corajoso… e silenciosamente poderoso.
Portanto, ser pai ou mãe de pet é, sim, uma forma legítima de parentalidade. Pode não ser igual a ter um filho humano, mas não é menos significativa.
Se você ama, cuida e protege — então você é pai. Você é mãe. E com todo o mérito.